A Zona do Mangue existe, sim. A Vila Mimosa existe, sim. São lugares de luta, de resistência, de trabalho e de cultura. São territórios vivos, construídos por mulheres que enfrentaram a exclusão, a violência do Estado, o preconceito, mas nunca desistiram de existir e de reivindicar seus direitos.
O que as pessoas que vivenciaram a Zona do Mangue e a Vila Mimosa têm feito ao longo dos anos não é apenas manter uma história viva, mas garantir um espaço real para as trabalhadoras sexuais – um espaço de trabalho, de cultura, de lazer, de educação. A Zona do Mangue e a Vila Mimosa não são fantasias de Carnaval. São territórios que sustentam vidas, que abrem caminhos e que representam uma resistência histórica.
A Zona do Mangue e a Vila Mimosa resistem, sim. Resistem com quem tem história, com quem tem verdade, com quem carrega essa luta no corpo e na alma. Essa resistência é nossa. E ninguém vai nos roubar.
A Zona do Mangue existe, sim. A Vila Mimosa existe, sim. São lugares de luta, de resistência, de trabalho e de cultura. São territórios vivos, construídos por mulheres que enfrentaram a exclusão, a violência do Estado, o preconceito, mas nunca desistiram de existir e de reivindicar seus direitos.
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A Zona do Mangue no Rio de Janeiro foi uma área conhecida por sua boemia e prostituição, situada na região central da cidade, onde hoje se encontra o bairro da Cidade Nova. Historicamente, foi um local de prostituição de baixo meretrício, com registros desde o século XIX. A área era caracterizada por pequenos hotéis, hospedarias e casas de cômodo, além de bailes públicos. A prostituição na Zona do Mangue foi objeto de controle policial e perseguição ao longo do século XX, sendo associada a questões de ordem social, criminalidade e epidemias.
A Zona do Mangue, que surgiu do aterramento de áreas de mangue no Rio de Janeiro, tem uma história intrinsecamente ligada à prostituição e à marginalização social, inicialmente frequentada por mulheres escravizadas e depois por mulheres livres. No período entre 1954 e 1974, a área viveu a chamada "República do Mangue", um tempo de relativa autonomia para as prostitutas na gestão dos bordéis, apesar da supervisão das autoridades. No entanto, essa autonomia foi frequentemente desafiada por perseguições policiais e ações de higienização urbana, que viam a área como um obstáculo ao progresso da cidade. A história do Mangue é, portanto, marcada pela **resistência** dessas mulheres, que criaram identidades e formas de organização próprias em um ambiente hostil, deixando um legado de luta e memória que desafia a narrativa oficial de modernização da cidade.
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